Sobre o Festissauro

O Festival de Audiovisual do Vale dos Dinossauros (Festissauro) é um evento que congrega realizadores, produtores, estudiosos e espectadores do segmento audiovisual do sertão paraibano e de outras regiões da Paraíba e do Brasil.

O evento nasceu em plena efervescência da produção e difusão do audiovisual no sertão do Estado. Essa efervescência se deve, principalmente, pelas atividades realizadas por Pontos de Cultura, Cineclubes, pelo Centro Cultural Banco do Nordeste, entre outros atores culturais, que vem propiciando a realização de festivais e mostras e cinema, cursos, produção de filmes e, consequentemente, o surgimento de diversos realizadores e difusores do audiovisual nesta região.

O VI Festissauro tem a missão reunir, exibir, difundir, capacitar, premiar e, principalmente, debater com esses realizadores e representantes governamentais as políticas públicas para o setor. Paralelo a isso, o evento também serve como meio de divulgação do Complexo Turístico Vale dos Dinossauros.

A VI edição do evento será composta das seguintes mostras de filmes de curta metragem:

MOSTRA RIO DO PEIXE” DE CURTA-METRAGEM SERTANEJO - referência ao Rio do Peixe que corte o município de Sousa pela região norte. As Margens deste importante rio foi edificado Monumento Natural Vale dos Dinossauro. Em toda extensão do seu leito e possível encontrar pegadas fossilizadas de Dinossauros.

MOSTRA PASSAGEM DAS PEDRAS DE CURTA-METRAGEM NACIONAL – referência a localidade, no leito do rio do Peixe, onde foram encontradas, em 1897, pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, os primeiros fósseis (pegadas) de dinossauros do Brasil. Neste local foi edificado o Monumento Natural Vale dos Dinossauros que fica a cerca de 5 km do centro da cidade de Sousa-PB.

MOSTRA COMPETITIVA “RASTRO DO BOI E DA EMA” DE CURTA-METRAGEM PARAIBANO – Em referência ao nome dado pelo Agricultor Anísio Fausto da Silva, a maior trilha de pegadas de Dinossauros do Mundo.

MOSTRA “VELHO DO RIO” DE FILMES CONVIDADOS – referência ao pseudônimo criado por Robson Araújo Marques que chegou a ficar 23 anos morando embaixo de uma árvore, só para proteger as pegadas descobertas, em 1897, pelo seu avô, Anísio Fausto da Silva.

Sobre o município de Sousa

O município de Sousa, localizado a cerca de 430 quilômetros de João Pessoa, é um importante polo econômico e cultural do Sertão paraibano. Com aproximadamente 70 mil habitantes, conforme a população estimada, em 2021, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, a cidade é a maior da região. Uma das principais características do município é a riqueza paleontológica, cujas histórias e paisagens atraem visitantes e turistas de vários lugares do país.

Um dos pontos mais conhecidos e frequentados da cidade de Sousa é o Monumento Natural Vale dos Dinossauros – uma Unidade de Conservação (UC) com 40 hectares de extensão e mais de 20 sítios arqueológicos, na qual foram localizadas as primeiras pegadas de dinossauros do país. O espaço foi criado, em 2002, pelo Governo do Estado e movimenta, em média, dois mil visitantes por mês, chegando a dobrar este número nos meses de férias escolares (julho, dezembro e janeiro).

O local concentra o maior fluxo turístico da região, “atraindo estudantes, pesquisadores e a população em geral, principalmente, crianças, para conhecer um pouco da história paleontológica que é contada pelo registro das pegadas e fósseis de diversas espécies de dinossauros. Segundo alguns estudos realizados por paleontólogos, foram encontradas cerca de 50 tipos de pegadas de animais que viveram no território sousense durante o período da pré-história, sendo alguns fósseis com datação de 120 milhões de anos.

No entanto, esta não é a única atividade turística. Sousa também é conhecida pelas festas populares, pelo lindo por sol do açude de São Gonçalo, que fica a cerca de 13 km da sede do município. O local é dotado de bons restaurantes com vista para municipal que tem o mais bonito pôr do sol do sertão.

Assim como a maioria das cidades sertanejas, Sousa é uma cidade de fé. Para tanto foi erguido o monumento em homenagem a Frei Damião,– um dos primeiros a retratar o líder religioso que peregrinou por vários municípios do estado nas últimas décadas do século 20 –, é bastante frequentado por fiéis e romeiros não só da Paraíba, mas também de outros lugares do Nordeste e do Brasil. A estátua fica distante pouco mais de seis quilômetros do Centro da cidade e possui uma estatura de seis metros e meio de altura.

“Além disso, contamos o Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa. Fundado em 2007, O CBNB atua na região do Alto Sertão Paraibano, e oferece a seus visitantes uma variada programação diária e gratuita. A cidade também possuía uma confortável rede de hotelaria, turismo gastronômico com excelentes bares e restaurantes, tanto na zona urbana quanto na zona rural, como os que rodeiam o principal manancial de águas, o Açude de São Gonçalo, e que oferecem bons serviços aos turistas, que podem contemplar toda a nossa beleza paisagística.

A região sertaneja, onde está encravado o município de Sousa, é um território marcado por um enorme potencial turístico que pode impactar positivamente a economia, gerando emprego e renda, e possibilitando a melhoria da qualidade de vida da população local. Além disso, a biodiversidade da Caatinga sertaneja e, principalmente, a geodiversidade do território, formam um conjunto singular de atrativos naturais que contam, além da história da cidade, a história do planeta e representam verdadeiros ativos para a promoção do geoturismo na Paraíba.

Potencial em várias atividades produtivas

O município de Sousa foi politicamente emancipado em 10 de julho de 1854. Entretanto, conforme alguns registros históricos, a origem do território no qual a cidade está localizada se deu ainda no século 18, às margens do Rio do Peixe, e foi protagonizada por colonos oriundos de estados como Bahia, Pernambuco e São Paulo, que construíram uma vila para abrigar os indígenas que viviam ali.

Aos poucos, o vilarejo foi se transformando em um povoado e, por volta dos anos 1730, um dos grandes proprietários de terra da época, conhecido como Bento Freire de Sousa, conseguiu a concessão de uma sesmaria (lote de terras) denominada de Nossa Senhora dos Remédios, nome dado à padroeira e à primeira capela erguida na cidade (atual Igreja do Rosário dos Pretos).

A Festa da Padroeira é um dos eventos mais importantes da cidade e acontece no início de setembro, sendo o dia 8 dedicado à celebração da santa. Durante as festividades, além dos próprios moradores, a “Cidade Sorriso” também abre suas portas para moradores da circunvizinhança, que lotam as ruas para comemorar a festa junto com a população sousense.

Economia

A economia de Sousa se desenvolve, principalmente, a partir do comércio, agricultura e pecuária. Somente em 2021, conforme dados do IBGE, o município arrecadou R$ 3,4 milhões com a produção de 1.275 toneladas de algodão herbáceo (que tem como principal produto a fibra), ocupando o primeiro lugar no ranking estadual. Nos últimos três anos a cidade liderou a produção do fruto em todo o território paraibano.

Além disso, há uma forte presença da produção de laticínios e de coco, o que já rendeu ao município o título de um dos maiores produtores do fruto do Nordeste. Contudo, a forte seca que atingiu o estado em meados de 2018 prejudicou o cultivo e muitos agricultores sofreram com os impactos da estiagem.

A posição no cenário regional cem se recuperado, tendo em vista a segurança hídrica com a qual o município vem operando. Com a chegada das águas do Rio São Francisco, que pereniza São Gonçalo, nosso manancial, a tendência da retomada da produção agrícola é gradativa e proveitosa”.

Sousa também é destaque nacional pela produção da melhor água de coco, levando o nome da cidade a todo o cenário comercial, e contribuindo com o desenvolvimento econômico da região.

MONUMENTO NATURAL VALE DOS DINOSSAURO: é uma unidade de conservação localizada no município de Sousa, estado da Paraíba, criada em 27 de dezembro de 2002 pelo Decreto Estadual N.º 23.832. Um dos mais importantes sítios paleontológicos existentes, onde registra-se a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo.